Cerimonia marca abertura da 23ª edição das Olimpíadas Especiais das Apaes em Aracaju
Essa é a primeira vez que Andersson, assistido da Apae Aracaju, participa de um evento como esse. Ele sempre praticava atividade física na instituição, mas nunca viu o esporte como uma área de destaque na sua vida. Hoje, aos 32 anos, Andersson é um dos representantes da delegação sergipana que participa da 23° edição das Olimpíadas Especiais das Apaes. Ele irá competir no atletismo e no futsal, mas a sua maior conquista é poder representar os amigos e a sua Apae diante de todo o país. “Pra mim é muito importante poder participar dessa competição porque assim eu posso mostrar que todos nós somos capazes. Posso representar os meus amigos da Apae de Aracaju, além de me divertir muito e conhecer pessoas novas”, comenta o atleta.
A cerimonia da 23° edição das Olimpíadas Apaeanas aconteceu na noite desta segunda-feira (05), no Centro de Convenções AM Mall, em Aracaju. Pela primeira vez a capital sergipana está sediando um evento esportivo com tamanha representatividade e inclusão. A solenidade contou com a participação do presidente da Apae Brasil, José Turozi, e demais representantes da comissão técnica da Federação Nacional. Como representante do estado de Sergipe, a presidente, Mônica Souza, também esteve ao lado de autoridades e do presidente da Apae Aracaju, Carlos Mariz, durante a abertura dos jogos.
Para o presidente da Apae Brasil, José Turozi, essa é uma oportunidade de ouro que traz benefícios para ambos os lados. A comunidade sergipana é beneficiada com as olimpíadas à medida em que o evento possibilita o movimento da economia, turismo e tantos outros setores que estão envolvidos para a sua realização. Já o movimento apaeano tem a chance de apresentar para a população sergipana o trabalho desenvolvido pela rede e a excelência nos projetos desenvolvidos. “Um dos nossos principais objetivos é justamente esse, de dar visibilidade a esse trabalho que desenvolvemos junto as Apaes de todo o Brasil. O que a gente quer é propagar essa mensagem para que outros municípios comecem a pensar na possibilidade de implementar uma Apae, para que o serviço de atendimento e trazer esse olhar diferenciado para a causa da pessoa com deficiência.”, conclui o presidente.
O Centro de Convenções ficou lotado com mais de 1.600 atletas.A abertura apresentou através da música e da dança um pouco da Sergipanidade para o público dos 26 estados brasileiros presentes. O cordelista e forrozeiro, Chiquinho do Além Mar, declamou um cordel feito especialmente para a ocasião. Em seguida a quadrilha Xodó da Vila aqueceu o salão com uma apresentação junina.
Após esse apanhado cultural as verdadeiras estrelas da festa, os atletas, desfilaram com suas respectivas delegações. O ponto alto da noite foi também um dos mais tradicionais quando falamos de esporte: quando é acesa a pira olímpica.
O atleta convidado da Apae Aracaju, David Santos, conduziu a tocha até a frente do palco. Em seguida, do lado de fora do Centro de Convenções, ele ascendeu o tradicional Barco de Fogo de Estância que decolou pelo ar e ascendeu a pira olímpica da 23° edição das Olimpíadas Especiais das Apaes.
Os familiares dos atletas são só orgulho e a expectativa para o sucesso deles é grande. Para Maria Aparecida Oliveira, mãe do atleta Isaías do Sacramento, essa é uma oportunidade única na vida do filho. “Esse evento veio para completar a vida dele, para ajudar ele a se desenvolver mais ainda, não só no esporte mas como pessoa. Estou muito ansiosa e torcendo para que ele traga medalhas para o nosso estado”.
Os atletas começam jogando futsal hoje, na quadra de esportes da UNIT. O time sergipano joga contra a Paraíba e pela tarde a disputa será contra o estado de Alagoas. As competições seguem até o próximo sábado,10.
