Recusa alimentar entre crianças: entenda os principais motivos e o que fazer

28/05/2019
11:10:25

Seu filho faz cara feia na hora de comer? Acaba consumindo só as mesmas coisas e rejeita novos alimentos? A recusa alimentar é um distúrbio crescente, assim como o número de pais que relatam a seletividade dos filhos na escolha do que comer, principalmente quando destacamos a aceitação das frutas e verduras no dia-a-dia. A nutricionista Paula Carvalho, especialista materno-infantil, destaca o aspecto comportamental da criança e como ele auxilia os pais na identificação desse distúrbio. “Essa seletividade das crianças acontece a partir dos 6 meses de idade. A gente precisa perceber que se alimentar deve ser um ato prazeroso. Quando a criança, a partir dos seis meses, já começa a virar o rostinho significa que ela está sentindo alguma coisa, ou seja, aquele alimento já está incomodando”, explicou.

Paula ressaltou também o crescimento da dentição dos bebês e o impacto desse período na alimentação deles. A erupção dos dentes causam dor nas gengivas e inchaço, provocando dificuldade para comer. “Tem a fase dos oito meses, um ano, quando já estão crescendo os dentinhos, então vem a questão da mastigação e a criança não consegue se alimentar direito porque fica doendo. Muitas vezes o alimento realmente incomoda a criança, já que a arcada dentária não se fecha completamente então deixa alguns furos e a criança não consegue mastigar, colocando o alimento só de um lado da boca”, exemplificou.

Outro aspecto da recusa atinge crianças ainda mais jovens, pois diz respeito ao aleitamento materno. “Tem muitas mães que, a partir dos seis meses, passa a forçar a ingestão de alimentos na criança. Aí a mãe dá o leite materno, depois dá a papinha, mas às vezes a criança não quer porque já está cheia. O estômago do bebê é muito pequeno, do tamanho de um ovo de galinha, então ele vai recusar. Aí a mãe faz o que? Força! Quanto mais eu forço, mais a criança tem essa questão de recusa, tem medo de se alimentar e provoca resistência”, alertou.

Também foram abordados mitos e verdades sobre a amamentação, a necessidade de suplementos de composto lácteo, consequências da recusa alimentar por fatores comportamentais, tratamentos com terapeuta ocupacional, dentre outros.

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